Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Em terras
Em todas as fronteiras
Seja benvindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também
Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Em terras
Em todas as fronteiras
Seja benvindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também
Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também
José Afonso
62 comentários:
Cantemos a Liberdade com o Zeca porque ele continua vivo entre nós. Cantemos a luta dos povos... Cantemos o homem das palavras livres...O que faz falta é avisar a malta...O que faz falta é acordar a malta...O que faz falta...
Bonita Homenagem
Kiss
Sophia.
Quem melhor do que ele pronunciava a palavra amigo! maior que pensamento, gostei muito mas o zeca não morreu,pois gente como ele não morre permanece entre o seu povo.
Beijinho bom fim de semana (o desafio está no Mar de Chamas):LISA
Relembro o Zeca com eterna saudade:
Fui á beira do mar
ver o que lá havia
ouvi uma voz cantar
que ao longe me dizia
ó cantador alegre
que é da tua alegria
tens tanto para andar
e a noite está tão fria
desde então a lavrar
no meu peito a alegria
ouço alguém a bradar
aproveita que é dia
sentei-me a descansar
enquanto amanhecia
entre o céu e o mar
uma proa rompia
desde então a bater
no meu peito em segredo
sinto uma voz dizer
teima, teima sem medo
Bom fim de semana
Beijinhos
Olá Isabel,
Muitos sítios aqui pela blogosfera se voltam hoje para José Afonso.
Bom recordar este homem inesquecível, que será sempre uma memória viva para uma geração que foi embalada pelas suas cantigas e também estimulada ao combate pela sua irreverância doce, misturada com simplicidade, humildade e uma grande integridade moral.
Beijinhos.
Deixo-te aqui a cantiga que mais me (nos) emocionou no último concerto dele no Coliseu, em Lisboa...
Balada do Outono
Águas
E pedras do rio
Meu sono vazio
Não vão acordar
Águas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
Águas
Do rio correndo
Poentes morrendo
P'ràs bandas do mar
Águas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
Todos sabíamos (ele também) que não voltaria a cantar.....
Beijos, Isabel
Querida Isabel,
O Zeca viverá sempre na nossa memória, nos nossos ouvidos, nos nossos corações.
Pela coragem que sempre demonstrou, pela Liberdade, vamos cantá-lo para sempre.
Beijinhos
querida isabel
para ti, dedicaria uma simples cantiga, como todas, mas uma que mais me toca e tocou naquele dia, mas só cheguei aqui agora...
talvez, para nós, as avós (?)...
e aos nossos meninos,
Dorme meu menino a estrela d'alva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada
Outra que eu souber será p'ra ti
Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar
Um beijinho muito grande
Recordo com muita saudade. E emoção.
Um abraço.
Fica a emoção da homenagem que tu e o Zé Gonçalves decidiram fazer. Hoje decidi passar a corrente que estava já uns dias atrasada! Tens miminhos para ti, querida...beijos e muita amizade...
Um homem da liberdade lembrado
com uma das suas belas canções
que muito gosto de ouvir
Tem um sentido muito especial
para mim quando ouvida em dias cinzentos do outono ou do inverno
Aquele dedilhar das cordas em consonância com a simples mas significante letra da canção, faz-me sentir um certo calor e bem-estar
Boa homenagem
Bjs
bem merecida homenagem ...
nunca me canso de o ouvir...
beijinhos
O comentário a este teu post está no meu espaço.
Se quiseres ler, a porta de minha casa está sempre aberta...
Bom fim de semana.
Hoje é dia 23 de Fevereiro.
Neste dia, em 1917, nascia o meu pai. Faria hoje 91 anos se estivesse vivo.
Também neste dia, em 1991, falecia a sua mãe que nascera em 1894 e portanto se finou com 97 anos (que longa vida!...).
Desculpa deixar aqui isto escrito mas foi a única coisa que me apeteceu escrever.
Ai que saudades!
(acho que estou a ficar um velho piegas...)
Beijinhos
Confesso ser-me muito difícil escolher as cantigas do Zeca de que mais gosto, mas esta que escolheste é seguramente das mais belas que escreveu!
No álbum que recordei hoje lá no SDino há uma canção em que se nota bem o seu estado físico e de alma. À laia de despedida, o nosso Zeca escreveu esta «Canção do Medo» de que te deixo a letra.
Minha mãe como não morro
À vista desta carnagem
Dou por mal paga aviagem
A tais foguetes não corro
Não sei dos meus lavagantes
Nem da mulher que me espera
Quero sair desta guerra
Mesmo agora neste instante
Ai carnes do meu padrinho
Podeis temer à vontade
Que a vida do teu sobrinho
Vale bem a tua idade
E mais a tua canseira
Em me ensinares que não dorme
Aquele que mata a fome
A quem só tem caganeira
Livra-me dos meus cuidados
Rezo dois mil padre-nossos
Assim me cuidem dos ossos
Sejam eles mil diabos
Agora tenho cagaço
Como quando era menino
E me tolhiam os braços
Temores ao verbo Divino
Levanta ferro meu corpo
Vê se podes dar um passo
Valham-me todos os santos
Das caminhadas que faço
Tão pouco pode a natura
Nestas afrontas mortais
Que um homem morre mil vezes
Mil e uma já é demais
SEM MAIS PALAVRAS.
Um abraço para ti.
Jorge G.
Ludo
Canto a Liberdade contigo, com o Zeca , com os amigos que querem fazer passar a sua mensagem. E não podemos nem devemos calar.
Beijinhossssss
p.s. Obrigada pelas ajudas e pela disponibilidade sempre presente e simpática.
A big kiss!
Agulheta,Lisa Amiga!
Um amigo inesquecível apesar da diferença de idades. Era o salazarismo duro e crú , era a primavera marcelista que tão depressa caiu no inverno gelado do nosso descontentamento e era a voz do Zeca a avisar a malta.
Hoje a saudade dói.
Beijinhosssssss
Muitos cantinhos aqui pela blogosfera se voltam hoje para José Afonso.
Como é bom recordar este homem inesquecível, memória viva!!!
Queres vir comigo ao cinema?
Bom fim de semana.
Um abraço.
Tantos hinos à Amizade e à Liberdade que ele nos deixou...
Abraço Sophiamar
Cara Sophiamar
Não foi esquecimento. Simplesmente, hoje não fui capaz. Se não parecesse estranho, diria que o nó na gargante me embargou a escrita. Há dias e tempos em que o Zeca me faz tanta falta!
Um abraço
Óh Isabel.
Muitos anos passaram entre a vida e a Morte de José Afonso. Lembraste dos Vampiros?
SE ALGUÉM SE ENGANA.
COM SEU AR SISUDO.
E SE LHES FRAMQUEIAM AS PORTAS À CHEGADA.
ELES COMEM TUDO,ELES COMEM TUDO ELES COMEM TUDO E, NÃO DEIXAM NADA...
Esta foi uma das canções que nunca mais esquecerei , pois trouxe-me grandes dissabores numa determinada noite de 1959, em que com a rebeldia da minha juventude , juntamente com um grupo de colegas cantávamos junto à Escola Industrial e Comercial do Funchal,hoje Escola Francisco Franco. Fomos todos parar a esquadra de polícia que se encontrava mesmo ao lado. Jamais esquecerei José Afonso.
O meu menino d'oiro...
a NOSSA VOZ da LIBERDADE!!!!!
Bjkas!!!!
Quanta saudade...
Um abraço
Aryanalee
Amiga, esta canção é residente no meu blog. Amo o mar, amo a poesia, amo a Liberdade e amo o Zeca.
Muitos beijinhos para ti
Brancamar
O Zeca continua cada vez mais vivo como símbolo da Liberdade. Ontem, hoje e Amanhã, a sua mensagem faz falta para avisar a malta.
Beijinhossssss
Maria
Esta Balada de Outono arrepia qualquer um e muito mais aqueles que cresceram a ouvir Zeca, a viver Zeca, a interiorizar Zeca. Cada vez mais a sua mensagem é necessária.
Beijinhossss
Carminda, Querida Amiga!
Como é bom receber-te aqui em casa.Fazes-nos muita falta.Vai escrevendo sempre que possas. Quanto ao Zeca, jamais partirá dos nossos corações. Amar é viver.
Bem hajas!
Beijinhossssss
Gaivota, querida amiga!
Chegaste há pouco mas já fazes parte desta casa. Gaivota é assim. Onde chega seduz, onde chega faz amizade. Obrigada, princesa amiga minha.
Hei-de cantar à menina!
Beijinhosssss
Elvira,Amiga!
O Zeca, onde chegava, fazia uma roda de amigos. Aqui, hoje,apesar da saudade, festeja-se um reencontro.
A emoção tomou conta deste mar.
Beijinhossssss
Minha Querida Amiga Grande!
O Zeca merece tudo. Foi um amigo apesar da diferença de idades e eu tinha uma verdadeira paixão por ele.Estive em Setúbal, há 21 anos. Fomos muitos, de Faro.
Beijinhossss
p.s. Eu consigo copiar tudo!
Jo Ra Tone
Também adoro esta canção mas toda a obra de Zeca é uma verdadeira paixão para mim. O Homem foi um amigo, aquela voz uma sedução, os ideais , uma luz.
Beijinhossss
Isabel-f
Zeca Afonso merece todas as homenagens que lhe queiramos fazer.
Um amigo muito especial.
Beijinhossssss
São
Fui fazer-te a visita que há muito merecias e saí de lágrimas nos olhos e voz embargada.
Linda homenagem! Bem Hajas!
Beijinhossss
Estou à espera da resposta ao meu comentário, enquanto a beiçola treme...
Um abraço.
Jorge G.
António, Querido Amigo!
Aos amigos nós abrimos o coração. Esta data, para ti, é muito especial. A ela andarão sempre associados o teu pai e avó paterna.Eterna saudade.
Estás a ficar piegas? Nada! Tu és um homem de afectos ou eu não te conhecesse.
Beijinhosssss fofinhossss
Perdão!
Um aparte para a minha muito querida e antiga amiga MPS:
Faz-te falta o Zeca? Pois! Como te entendo! Cantemos os dois, então, na ex-sala dos fumadores transformada em desoladoramente asséptica saleta de computadores
(e viva a evolução!).
Eu vou ser como a toupeira
Eu vou ser como a toupeira
Que esburaca
Penitência diz a hidra
Penitência diz a hidra
Quando há seca....
la-la-la-la-la-la-la-la-la-la-
la-la-la-la-...
Um abraço para ambas.
Jorge G.
Mocho-Real, Amigo!
Um dia de saudade, de lágrimas, muitas, porque o Zeca era um amigo por quem tinha uma verdadeira paixão.Tínhamos um amigo comum.Um homem de esquerda, que tenho o prazer de conservar há muitos anos, cujo filho, músico, toca primorosamente as músicas do Zeca. Depois de fazer os comentários, Jorge, tinha de deixar-te as palavras que merecias. Que mereces! Tu também conheceste bem o Zeca, tu és um homem que fala dele com a emoção de quem partilha , há muito, os mesmos ideais: Justiça, Paz, Pão, Liberdade, Igualdade....
Há algum tempo que vinha sentindo que devia passar pela tua casa, pelo colega de faculdade, de profissão, pelo amigo que faz bonitos blogues, dos mais bonitos, e cujo conteúdo tem nível de excelência. E já tinha comentado isso com alguém.
Olha, senti-me muito bem acolhida, senti o afecto de que sempre falo, senti a tua alegria, senti o calor humano que preciso e,a pertir de hoje, Jorge, antes do raiar do sol, recomeço a minha passagem pelo Sino. Vais ouvi-lo badalar.
Pelo Zeca, Com o Zeca, celebremos a Liberdade. Deixo-te um rubro cravo de Abril em troca desta inigualável e comovente Canção do Medo.
Bem hajas!
E agora toma lá beijinhos porque de beijinhos sou.
Kalinka
O Zeca merece todas as homenagens. Ir ao cinema? Claro que vou.Já passo por lá. À sessão da meia noite estou lá.
Beijinhossssssss
Luís Eme
Tantos hinos e tão belos, tão cheios de conteúdo e sempre tão oportunos.
Vi a tua fotografia. Gostei do jornalista, do escritor, do amigo.Bonitão!
Beijinhossssss
João
Se me lembro dos vampiros! Quem os esquece? Nem conseguimos!
Tenho-os num autógrafo escrito por uma amiga num livrinho de autógrafos quando era menina do Liceu antes de 1974.
Este nosso poeta continua a fazer-nos falta. Muita!
Uma amizade eterna, uma saudade que dói.
Beijinhosssss
Avelaneira Querida
O meu menino é de oiro, de oiro fino o meu menino... e o nosso poeta era de oiro, do mais fino.
Beijinhosssssss
Rosinha, Amiga!
Este poeta faz-nos muita falta. A saudade dói mesmo. A sério!
Beijinhosssssss
MuIto bonito o que escreveste, Isabel. Muito bonito!
Que bom que tenha acontecido quando recordamos a memória de um homem como o Zeca, o grande paladino da amizade e da solidariedade!
Lá te espero ao cantar ao galo! E com prazer redobrado, podes crer!
As minhas desculpas a quem nos ler, mas há coisas que não devem ser adiadas. E depois, odeio o "politicamente correcto"!
Um abraço, e dá um abraço meu a quem sabes.
Jorge G.
Mais uma bonita homenagem a um cantor da Liberdade. Hoje pensei mais nos vampiros, talvez não esteja particularmente bem disposto, porque esta escolha "Amigo maior que o pensamento" é bem mais agradável.
Cumps
Jorge / Mocho-Real
Tenho vindo a dizer que não alimento ódios nem rancores contra ninguém. E é verdade. Sou mesmo assim. Sou mais pelos afectos, pela solidariedade, pela amizade como te apercebeste já.
As minhas palavras foram bonitas, dizes, e isto não é troca de galhardetes, as tuas foram-no também. E muito! Hoje estou em maré de emoções, vou sair, deixando beijinhosssss.
See you tomorrow morning!
Guardião, Amigo!
Também eu me tenho lembrado muito dos Vampiros. Afinal muitos de nós não se andam a sentir muito bem. É que a vida não está fácil.
Zeca tem de ser cada vez mais relembrado por todos nós. E merece ser.
"Eles comem tudo, eles comem tudo... e não deixam nada".
Beijinhossssssss
Amiga, maior que o pensamento...
Bela homenagem!
Gostei muito da tua visita ao cantinho anarca. Lá encontrarás a mesma solidariedade para com este grande anti-fascista.
Beijinhos anarquistas
Sophiamar
Fico emocionada quando encontro nos blogs homenagens a Zeca Afonso. Zeca Afonso foi uma referência na minha geração. Ainda trauteio as suas canções e sinto a sua falta.
Beijinhos
Savonarola
Passei, amigo anarca.
Belo post! Gosto muito das tuas palavras. Contesta! Luta! Grita por Justiça, Liberdade, Igualdade. Junto a minha à tua voz. Indignada! Revoltada!
Beijinhosssss
Silêncio Culpado!
Zeça é um símbolo, um hino, uma bandeira... Zeca é a Liberdade, a Igualdade, a Justiça...Zeca é a voz dos fracos, dos oprimidos, dos silenciados...
Bem Hajas!
Beijinhossssss
JÁ HÁ 21 ANOS! E O SEU CANTO AINDA ECOA, MAS MUITOS OUVIDOS SE LHE FAZEM MOUCOS, INFELIZMENTE!...
MAS EM MUITOS CORAÇÕES COMO OS NOSSOS, AINDA VIBRA ESTA VOZ...
BEIJINHOS RUBROS!
Isabel,
Acabei de deixar no Sino, este comentário, que te é também
dirigido, com toda a sinceridade.
Jorge,
Não queria deixar de te dizer que me sinto particularmente feliz por este ambiente de reconciliação que
se viveu neste dia especial.
A ti e à Isabel desejo que estes laços não se voltem a deteriorar.
E foi num dia em que se recorda um homem que tanto lutou, para ser vencido pela morte prematura, que a paz aconteceu.
Tudo na vida é tão efémero... para a desperdiçarmos em quezílias ridículas e sem sentido.
Bem hajas, Jorge!
Bem hajas, Isabel
Um abraço aos dois
rigido, com toda a sinceridade.
Aquela última linha...
"rigido om toda a sinceridade"
foi um lapso ao fazer o paste.
Julgo que compreenderás.
Um abraço
Isabel não queria ir dormir sem vir aqui "ver-te", dizer que muito me tens ajudado, tu e todos os outros amigos que não me têm faltado com palavras de carinho.
Obrigada!
Estive a ler os comentários e fiquei feliz por sentir que o Zeca, esteja onde estiver, fez com que a solidariedade e a amizade recomeçassem em alguns corações...
Agora, as lágrimas são de emoção...eu sou mesmo assim.
Beijinhos
Aspásia, Querida e doce Amiga!
Há poucas pessoas como o Zeca. Frontais, com a coluna vertebral tão direita que poderá partir mas torcer, nunca. Permaneceu fiel aos seus ideais, aos seus amigos, à Liberdade, à Democracia, à Justiça...
Um amigo cuja voz ecoará para sempre.
Mil beijinhosssss
Meg, Amiga!
Conheci-te antes de conhecer o Jorge. Comentei-te com muito entusiasmo. Depois...o que lá vai, lá vai. Acabou! Passarei pelo teu blogue com o mesmo gosto que faço por tantos outros. Façamos uma roda de amigos, diferentes porque todos o somos, mas solidários.
Quanto ao Jorge e a mim, faltaram-nos mesmo os olhos para que tudo se tivesse evitado. E disso tenho a certeza.
Reencontrámo-nos ao som do Zeca, à sombra de ideais que não permitiriam este desentendimento por mais tempo.
E aqui estamos, agora, os três, os quatro, e outros se juntarão.
Afinal, amigo traz outro amigo também.
Beijinhosssssssssss
Carminda, Querida Amiga!
Calculas como estou a escrever-te. Tu conheces-me! Deste-me uma grande, grande alegria. Eu também te conheço, sei desse coração grande, tão grande e tão doce, capaz de fazer tudo pelos amigos.
Afinal isto dura tão pouco, gostamos todos uns dos outros, ficamos tão felizes com esta troca de conversas que temos de abrir janelas, ver o mar, olhar o sino da aldeia e viajar nas asas do sonho, do desejo, da amizade, do amor.
Deixo-te um abraço apertadinho, apertadinho de modo a sentir o teu coração. Estamos exultantes. É a alegria dos reencontros.
Mil beijinhosssssss
Olá Isabel.
Cá estou novamente a falar de José Afonso. Digo sempre José e nunca Zéca, porque José Afonso era somente para alguns, isto é:- para aqueles que o amavam, enquanto Zéca era para aqueles que o ouviam, muito embora o adorassem na mesma. Não leves como crítica, porque tinha-mos um grupo de amigos a quem nos referíamos ao nosso ídolo com o maior do respeito a um dos maiores, senão o maior dos cantores intervencionistas do meu tempo. Muitas das vezes quando nos reunia-mos e saía umas cantorias, tinha-mos a polícia à perna e, não raras vezes fomos bastante incomodados. Felizmente os tempos são outros e ainda bem que um grupo bastante grande tem por tal personagem o respeito que merece. José Afonso não pode cair no esquecimento, haja o que ouver, venha quem vier. Recordações saudosistas do João.
Mesmo sem o Zeca, vinha aqui! E até estou meio envergonhado porque me esqueci do dia...E é caso para recordar que ele andou, em pequeno, por Belmonte; e muita gente ainda se lembra.
E veio cá cantar em 1974, no castelo. Se foi bonito ouvi-lo, também foi interessante vê-lo a conversar com os companheiros de escola, e companheiras também (e não teve ele uma paixoneta por cá? - muita gente sabe...).
Ora bem: boa semana.
Beijos
João
Quanto ao Zeca Afonso aceito o que dizes. Tratavam-no por José Afonso aqueles que o amavam e eu acredito.Eu, que tive o privilégio de falar com ele, nunca o tratei por Zeca Afonso mas o meu pai chamava-lhe apenas Zeca e olha que o meu pai o adorou, o amou. Ele cativava quem o ouvia falar, encantava quem o ouvia cantar.
Já vi que temos gostos comuns.Vai passando amigo e vai comentando. Gosto das tuas palavras.
Beijinhosssss
Zef
Agradeço a tua passagem e as tuas palavras. O Zeca encantava quem o ouvia. Pois é, ele viveu em Belmonte. Conheceste-o? A sua conversa era tão interessante!
Afinal, quem é que não se apaixonava por ele? Hummmmmm!!!!
Beijinhosssss
Boa semana!
NA MORTE DE JOSÉ AFONSO
«Vejam bem
Que não há
Só gaivotas
Em terra
Quando um homem
Se põe
A pensar
JOSÉ AFONSO
"Vejam bem
Que não há"
Só palavras
Perdidas
"Quando um homem
Se põe"
A cantar
"Quem lá vem"
Teve sempre
Os olhos
Abertos
E um amor
Enorme
Para dar
"E se houver"
Uma só
Mão
Algemada
E uma boca
Com fome
De pão
Ele vem
Na memória
Do povo
"À procura"
Libertar-nos
Com uma
Canção
"Vejam bem"
Como aquela
Singela
"Figura"
Mesmo morta
Ainda nos
Acena
"E se houver"
Um só homem
Que queira
Cantar
Cante Grândola
A vila
Morena
FERNANDO PEIXOTO
in «Zeca Sempre» – Porto: Arca das Letras, 2006
Fernando, Querido Amigo!
A propósito de Zeca Afonso, pensei,ontem, muitas vezes em ti e num poema alusivo ao nosso andarilho da Liberdade da tua autoria. Telepatia ou não, ele apareceu e escusado será dizer que foi com muito prazer, com muito orgulho, que aqui vi o teu registo e com gratidão to agradeço.
Bem hajas, Poeta! Bem haja quem assim escreve!
Beijinhossss
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