sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Data


Tempo de solidão e de incerteza
Tempo de medo e tempo de traição
Tempo de injustiça e de vileza
Tempo de negação


Tempo de covardia e tempo de ira
Tempo de mascarada e de mentira
Tempo de escravidão


Tempo dos coniventes sem cadastro
Tempo de silêncio e de mordaça
Tempo onde o sangue não tem rasto
Tempo da ameaça


Sophia de Mello Breyner

18 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Tempo em que a minha amiga, voltou à tristeza.
Este tempo tem que ser de mudança. Sophia. É preciso, e é urgente..
Deixo-lhe um poema, porque gosta de poemas e eu também. É uma mensagem de esperança.

Canção Amiga
Eu preparo uma canção
em que minha mãe se reconheça,
todas as mães se reconheçam,
e que fale como dois olhos.

Caminho por uma rua
que passa em muitos países.
Se não me vêem, eu vejo
e saúdo velhos amigos.

Eu distribuo um segredo
como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
dois carinhos se procuram.
Minha vida, nossas vidas
formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
e tornei outras mais belas.

Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.



Drummond de Andrade

m abraço e um sorriso.
Bom fim de semana

mundo azul disse...

Talvez, momentos... Sim, momentos em que o mundo parece ruir!

Mas, depois do breve tempo, o sol volta a aquecer a alma e o coração...


Beijos de luz e o meu sincero carinho!

Anónimo disse...

O poema de Sophia é intemporal...
Faz bem eco do k passamos actualmente.:(
Entendo assim...este momento k estamos a viver.
Beijo para ti,Amiga.
isa.

lagartinha disse...

Vim desejar um bom fim de semana e largar aqui um beijinho. Verifico que está tristonha e isso não é nada bom! Vá lá...um sorriso...vá lá...não é por mim, é por todos nós que gostamos de si.
Beijinhos

gaivota disse...

tempo sem ter tempo
tempo de nada para nada
a foto é linda!
o tempo está angustiante, porque sim, minha amiga...
beijinhossssssssssssss

João Roque disse...

Está tão actual este poema...
Beijinho.

pico minha ilha disse...

Que bom seria que não houvesse esse tempo em que parece ir tudo ao fundo.Deixo um abraço com um sorriso, fique bem, beijinho.

Papoila disse...

Querida Amiga.
Sophia atravessa o tempo! Um poema que retrata a "nova era"
Tempo de covardia e tempo de ira
Tempo de mascarada e de mentira
Tempo de escravidão
Beijos

Tiago R Cardoso disse...

tempo de esperança, tem de ser sempre tempo de esperança.

gaivota disse...

andei a "cuscar" im bocadinho da conversa com o jorge e tambén te digo: menina, toca a tratar da árvore e do presépio!!! eu já me adiantei, mas ainda não acabei, e olha que este ano não tenho as minhas princesinhas, só os meus príncipes...
vá, anima-te que a chuva não molha gente de bem!
beijinhos grandesssssssssss
(olha, isabel, o benfica no jogo de hóquei, portou-se à maneira, um empate 3-3 com o viana que tem excelentes nomes na equipa...)
vamos lá ver amanhã na madeira, se não "pintos pelo ar"...

Anónimo disse...

Dar-te as boas noites e dizer:sábias Mães!!
A minha parte respiratória está a incomodar e vou tentar dormir.
Beijooo.
isa.

o escriba disse...

Isabel

Querida Amiga
Estas palavras de Sophia lembram-me as palavras do Livro do Eclesiastes - "para tudo há um tempo,para cada coisa há um momento debaixo dos céus ...". Por isso te digo que estamos no Natal e este é, definitivamente, um tempo de esperança.

bjinhos
Esperança

Filoxera disse...

Tempo de tanta coisa, amiga...
Se ao menos fossem coisas boas...
Beijos sentidos.

Delfim Peixoto disse...

Doce poetisa ida...
E doce quem a lembra a quem por aqui passa

Elvira Carvalho disse...

Amiga passei para deixar um abraço.
Deixo-lhe aqui um texto de que gosto muito. Penso que já lho mandei uma vez, mas é tão bonito que não faz mal relê-lo.
METADE

Que a força do medo que eu tenho não me impeça de ver o que anseio. Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvido e a boca. Porque metade de mim é o que grito mas a outra metade é o silêncio.

Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que triste. Que a/o mulher/homem que eu amo seja para sempre amada/o mesmo que distante. Porque metade de mim é partida mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor. Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento. Porque metade de mim é o que ouço mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora se transforme na clama e na paz que eu mereço. E que essa tensão que me corroe por dentro seja um dia recompensada. Porque metade de mim é o que penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste e que o convivio comigo mesmo/a se torne ao menos suportável. Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso, que eu me lembro ter dado na infância. Porque metade de mim é a lembrança do que fui a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espirito. E que o teu silêncio fale cada vez mais. Porque metade de mim é abrigo mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba. E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para faze-la florescer. Porque metade de mim é platéia e a outra metade é a canção.

E que minha loucura seja perdoada. Porque metade de mim é o amor e a outra metade também.

Osvaldo Montenegro
Bom Domingo e excelente feriado

jo ra tone disse...

Mas o que é isso cara amiga, que te põe sempre bem com outros de mal contigo?
Então?
Estamos próximos do Natal!
Basta meditar um pouco e...
Olhar o significado do lindo presépio que publicaste.
Tudo voltará a ser alegre!
Beijinho

ASPÁSIA disse...

AMIGA ISABELITA

ESPERO QUE ENTRETANTO ESTE MAU TEMPO TEMHA PASSADO.... POIS HOJE ATÉ O SOL ENTRE AS NUVENS TIMIDAMENTE SORRIU!

TEMPO AINDA NESTE POST PARA TE DEIXAR UM ABRACINHO APERTADO!

Fernando Santos (Chana) disse...

Olá cara amiga, excelente poema...
Beijos